Como funciona fisiologicamente a audição?

Uma das características mais desenvolvidas de nosso organismo é a audição. Assim, através dela éramos capazes de nos proteger de predadores e eventualmente de ser exímios caçadores. Porém, muito mais além das necessidades básicas, a audição faz parte do nosso dia a dia e está presente nas relações socioculturais e especialmente na arte.

Por isso, sem a audição seria impossível ter desenvolvido a música. De fato, ela surgiu de forma natural através da interpretação dos sons naturais do meio ambiente e mais tarde de instrumentos musicais, desde o canto até os mais complexos como o violino, a flauta e muitos outros. Por essa razão, nesse artigo você entenderá como funciona a audição e a sua especial relação com a cultura.

Como funciona a audição?

O som é percebido e interpretado pelo nosso cérebro através de um complexo sistema de conversão de energia que desenvolvemos dentro do nosso ouvido. De fato, a orelha é apenas uma das 3 partes fundamentais que constituem todo o aparato auditivo. Ou seja, a fisiologia do ouvido secciona o sistema auditivo em: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno (onde a mágica realmente acontece).

Para o nosso cérebro entender o som, ele aproveita do sofisticado mecanismo biológico do ouvido que é capaz de transformar a energia mecânica em sinais elétricos. Mas como isso ocorre? Em primeiro lugar, o som é propagado através de um meio, normalmente o ar. Por isso, no ouvido externo, composto pelo canal auditivo e pela membrana do tímpano, o som encontra o seu primeiro parâmetro do sistema auditivo. Em seguida, a membrana do tímpano que vibra de acordo com essas oscilações, transfere essa energia mecânica através do ouvido médio para o ouvido interno.

Ou seja, no ouvido médio as oscilações são transmitidas ao ouvido interno através do movimento coordenado de duas estruturas ósseas especializadas. Logo, essas pequenas estruturas ósseas conhecidas como martelo e bigorna, trabalham em harmonia transferindo o movimento mecânico da membrana do tímpano para o ouvido interno ou cóclea.

Finalmente, quando essas oscilações chegam até a cóclea, uma estrutura complexa com a forma de uma concha de caracol, a energia mecânica é transformada em sinais elétricos. Em outras palavras, a córnea é composta de células ciliadas de diferentes tamanhos. Por isso tornan-se responsáveis por captarem as diferentes frequências do espectro sonoro percebido pelo homem.

Será que é possível perder a audição?

Infelizmente sim. Da mesma maneira que deveríamos cuidar da nossa saúde fazendo esportes ou dos nossos olhos usando óculos de sol. A audição também está sujeita a diferentes condições do ambiente. Por isso, evitar lugares barulhentos por muito tempo como boates ou shows, usar protetores de ouvido e outras medidas de proteção. Essas são estratégias fundamentais para manter uma boa audição por muitos anos.

De fato, nascemos com um determinado número de células ciliadas e são elas as responsáveis por traduzir as vibrações mecânicas em impulsos elétricos interpretados pelo nosso cérebro. Nesse sentido, uma alta exposição a altas frequências ou a grandes intensidades, essas células podem morrer. Portanto, diminuindo então a capacidade auditiva do indivíduo.

Tinnitus

Mais conhecido como o terror de todo músico, principalmente dos bateristas. O tinnitus é um problema fisiológico e atualmente sem cura. Ele se caracteriza por um som recorrente de alta frequência, mas que ocorre de forma aparante sem a presença de uma fonte externa que o produza.

Em outras palavras, o tinnitus é uma das sequelas naturais que ocorrem quando não existe um real cuidado da audição. Ou seja, ele traduz ao nosso cérebro uma constante carga elétrica que é interpretado como um som de alta frequência, mas que na verdade ocorre pela deformação e morte de uma célula ciliada.